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5 dicas para começar a redigir revisões bibliográficas
Quem nunca travou diante da palavra “revisão bibliográfica” que atire o primeiro livro!
Esse é, sem dúvida, um dos momentos mais temidos pelos estudantes. Mas e se eu te contar que fazer uma boa revisão não precisa ser um bicho de sete cabeças?
O segredo está em entender o processo — não como uma obrigação chata, mas como uma conversa entre você e os autores que vieram antes.
Neste artigo, você vai descobrir como redigir revisões bibliográficas sem sofrimento, com leveza, clareza e método. Vamos transformar o caos da pesquisa em uma escrita fluida e segura.
1. Entenda o verdadeiro propósito da revisão bibliográfica
Antes de sair copiando citações e juntando parágrafos, respira.
A revisão bibliográfica não é um resumo de tudo que existe sobre o tema — é uma análise crítica, uma costura de ideias.
O objetivo é mostrar o que já foi estudado, o que falta estudar e onde o seu trabalho se encaixa.
💡 Dica prática: imagine que você está em uma mesa redonda com vários autores. Seu papel é relacionar as falas, não apenas repeti-las.
Exemplo:
Em vez de escrever: “Vários autores falam sobre motivação escolar.”
Escreva: “Enquanto Silva (2020) associa a motivação à autonomia, Costa (2022) destaca o papel da afetividade, revelando que os fatores emocionais ainda são pouco explorados na prática docente.”
Viu a diferença? Você construiu diálogo, não repetição.
2. Escolha fontes confiáveis (e evite o Google aleatório)
A tentação de pegar qualquer artigo é grande, mas cuidado: nem tudo que brilha é ouro científico.
Priorize fontes acadêmicas reconhecidas — artigos indexados, livros de autores renomados e bases como:
-
Scielo
-
Google Scholar
-
Periódicos CAPES
-
ResearchGate
Comece lendo os resumos. Isso poupa tempo e te ajuda a identificar se o material realmente contribui para o seu tema.
E nunca — nunca mesmo — copie textos prontos da internet. Plágio é atalho que leva pro abismo.
3. Estruture a revisão como uma narrativa lógica
Uma boa revisão não é uma pilha de citações, é uma história bem contada.
Ela deve fluir naturalmente, conectando ideias de forma coerente.
A estrutura ideal inclui:
-
Introdução: apresenta o tema e justifica a escolha das fontes.
-
Desenvolvimento: compara autores, destaca convergências e divergências.
-
Síntese final: aponta lacunas e deixa clara a contribuição do seu trabalho.
Use conectores como “por outro lado”, “em contrapartida”, “além disso” para criar continuidade.
Essas pequenas transições dão ritmo e elegância ao texto.
4. Faça fichamentos inteligentes
O fichamento é o seu melhor amigo durante a revisão. Ele impede que você se perca no mar de referências.
Crie fichas (digitais ou físicas) com os seguintes campos:
-
Autor e ano
-
Título e fonte
-
Ideias principais
-
Citações importantes
-
Relação com seu tema
💡 Ferramentas úteis: Notion, Evernote ou Google Docs.
Eles permitem organizar o material com etiquetas e facilitar a busca por palavras-chave.
Quando chegar o momento de escrever, você vai agradecer a si mesma por ter fichado tudo.
5. Aprenda a citar e parafrasear com técnica
Citar não é encher o texto de aspas — é usar o pensamento de outro autor para fortalecer o seu argumento.
Use citações diretas com moderação e prefira paráfrases bem construídas.
Exemplo:
Direta: “A leitura é um ato de resistência.” (FREIRE, 1982, p. 45).
Parafraseada: Freire (1982) compreende a leitura como um ato político e de resistência frente à alienação social.
Assim você demonstra domínio sobre o conteúdo e evita depender demais das palavras alheias.
6. Revise o texto com olhos de leitora, não de autora
Depois de tanto escrever, é fácil deixar passar repetições, erros ou trechos confusos.
Então, ao revisar, leia em voz alta — isso te ajuda a perceber se o texto está fluindo.
Verifique:
-
Clareza e coesão entre os parágrafos;
-
Uso adequado das citações;
-
Padronização conforme as normas da ABNT;
-
Se cada referência citada aparece na lista final.
Peça para alguém revisar seu texto. Um olhar externo sempre encontra o que o autor não vê.
Redigir revisões bibliográficas sem sofrimento é possível quando você muda a lente: não é sobre “cumprir exigência”, é sobre dialogar com o conhecimento humano.
Cada leitura é uma troca, cada citação é um elo entre mentes.
Com método, calma e prática, o processo deixa de ser pesado e passa a ser inspirador.
Então, antes de reclamar da revisão bibliográfica, lembre-se: você não está apenas revisando textos — está escrevendo a história do seu próprio pensamento. 🌿
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